A IA poderá automatizar 25% da mão de obra mundial

A inteligência artificial pode automatizar as partes mais complexas e que demandam tempo do trabalho humano, mas e se ela fizer todo trabalho?

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A inteligência artificial está em alta nos últimos tempos com a presença de diversas ferramentas de IA generativa que podem auxiliar os humanos em suas tarefas mais árduas. Eles podem resumir artigos científicos, escrever fórmulas de Excel ou mesmo códigos em diversas linguagens sob o seu direcionamento. Mas a pergunta que fica é quantos empregos que a ferramenta pode substituir, em um mundo com uma fartura de mão de obra não qualificada e que facilmente é substituída?

Em recente estudo divulgado, o Banco de Investimentos Goldman Sachs trouxe uma sinalização de que até 300 milhões de empregos pode ser perdidos com o uso da Inteligência Artificial, trazendo uma derrubada dos postos de trabalho sem precedentes. A revolução industrial 4.0, iniciada durante a pandemia, mostrou para as empresas que a redução de custos operacionais, automatizando processos específicos e as liberando para uma nova expansão de negócios virou realidade.

No relatório, o Banco diz que a automatização pode chegar a 25% do mercado de trabalho, podendo chegar a 46% das tarefas de empregos administrativos, 44% dos empregos jurídicos e 37% das profissões de arquitetura e engenharia. Mas nem tudo são ameaças, carreiras de trabalho intensivo, como construção (6%), instalação e reparo (4%) e manutenção (1%) são postos poucos ameaçados, segundo o estudo.

Mas as mudanças também sempre gerar novas oportunidades, e o Banco prevê uma alta demanda de relocação nos postos de trabalho, deslocando os trabalhadores e trazendo uma mudança positiva na produtividade. Pense em como as inovações de TI criaram uma demanda por desenvolvedores de software e, com o aumento da renda, aumentaram diretamente a necessidade de educação, o que criou uma demanda por profissionais de nível superior, mostrando claramente um efeito dominó, mas que ainda assim soa alarmante. 

Na semana passada, nomes notáveis ​​da indústria, como Steve Wozniak, Rachel Bronson e Elon Musk, assinaram uma carta aberta para interromper os experimentos de IA , demonstrando medo de que o desenvolvimento da IA ​​esteja avançando rápido demais para os humanos e possa derrubar nossa sociedade como a conhecemos. A Creation First foi signatária da carta através do nosso diretor Raoni Kirschner Sava, o que chamou a atenção do mercado em matéria divulgada pelo portal UOL na coluna Tilt.

'Existem pontos obscuros', diz brasileiro que apoia pausar avanço da IA.

"Temos que ter muita atenção em diversos pontos que ainda são obscuros quando falamos de inteligência artificial. Dentre eles poderia dizer que a perda de postos de trabalho, a dependência excessiva dos usuários, a falta de controle que ameaça a privacidade e um possível viés de discriminação. Isso foi predominante para minha decisão".

Tudo está perdido?

Claramente o medo exacerbado não é o melhor remédio e pode acabar fomentando uma narrativa trapaceira que não conta toda a história e vai contra o processo civilizatório da humanidade. O progresso tecnológico está intrinsicamente ligado a evolução humana e sua continuidade, nos levou a significativa melhor social, inclusive, melhorando a produtividade e aumentando a expectativa de vida.

Todos usamos dos avanços tecnológicos nas suas mais diversas formas, seja na vida comum, no trabalho, na saúde, nos esportes e nas horas de lazer. Um das preocupações atuais seriam relativa a Educação, um dos focos de maior déficit de emprenho nos países subdesenvolvidos.

No final de 2022, diversas universidades e escolas dos EUA e do Reino Unido – incluindo Imperial College London e a Universidade de Cambridge – emitiram declarações que alertavam os alunos sobre o uso do ChatGPT. Jenna Lyle, porta-voz do Departamento da Cidade de Nova York da Educação, disse ao Washington Post no início de janeiro: “Embora a ferramenta possa fornecer respostas rápidas e fáceis a perguntas, ela não desenvolve habilidades de pensamento crítico e resolução de problemas, essenciais para o sucesso acadêmico e vitalício”.

Porém esta ficando cada vez mais claro que os chatbots avançados podem ser usados como auxiliares em sala de aula, trazendo poderosas ferramentas interativas e midiáticas aos alunos, que geram maior interação com resultados muito mais expressivos, tendo em vista a admiração dos alunos pela tecnologia.

Empresas de tecnologia educacional dos EUA  já integraram o chatbot da OpenAI em seus aplicativos. “Acreditamos que os especialistas em políticas educacionais devem decidir o que funciona melhor para seus distritos e escolas quando se trata do uso de novas tecnologias”, diz Niko Felix, porta-voz da OpenAI, em matéria divulgada hoje pelo site do MIT.

O fato é que devemos estar atentos as mudanças e refletir de forma mais ampla sobre o papel que eles desempenham em nossa sociedade, e distinguir, em quais ferramentas e informações devemos confiar, e claro, saber exatamente como diferenciar os reais benefícios.

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